top of page

A CIDADE QUE QUEREMOS

Somente com participação popular é possivel construir a cidade que queremos

           Já parou para pensar como seria se a cidade fosse nossa? Como seria se nós, que enfrentamos todos os dias os ônibus lotados, as filas nos hospitais, sofremos com o gradativo aumento da violência, pudéssemos opinar e decidir sobre todas as políticas públicas? Por mais que pareça estranho e talvez utópico, isso é possível. O primeiro passo que aponto para conquistarmos o que é nosso por direito é não eleger pessoas que, enquanto ocupam um cargo público cedido por nós através do voto, não têm como prioridades atender as nossas demandas. 

         É fácil identificar esses indivíduos que se candidatam para benefício próprio. Basta observar como foi formulado o seu programa de governo. Se o formulou observando a cidade pela janela do gabinete ou do carrão, se ele buscou conhecer o povo através do que diz a sua bem paga patrulha de bajuladores, pode ter certeza de que esse não tem como objetivo melhorar a nossa vida. Somente conhecerá os problemas da cidade e, assim, estará apto ao cargo, o candidato que parta do pressuposto de que cada um de nós que vivemos e sentimos a cidade sabemos o que precisa ser feito para torna-la melhor e temos o direito de participar dessa construção. Não está preparado para o cargo político, então, o pré-candidato que não esteja construindo com o povo o seu programa de governo. 

          Será que há entre os pré-candidatos aos cargos públicos alguém que parta desse princípio de que a cidade deve ser do povo? Será que há entre eles alguém que possua uma caminhada com os movimentos sociais, coletivos, com o povo – e que, dessa maneira, conhece com profundidade os problemas da cidade? Há sempre alguém. 

          Como se sabe, hoje quem decide pela cidade é quem ganha dinheiro com ela. Quanto mais o indivíduo fatura, mais influência nas decisões possui. A maioria dos pré-candidatos representam esses interesses, porém, sempre há alguém lutando para que o sol entre nos calabouços da política; sempre há alguém que quer ser a expressão transitória de uma vontade coletiva e não das oligarquias locais. 

          O escritor italiano Ítalo Calvino, em “As cidades invisíveis”, mostra como um sujeito sozinho não é capaz de dar conta das enormes demandas históricas e concretas de todo um povo. Ele narra a missão designada por Kublai Khan ao veneziano Marco Polo: visitar e apresentar-lhe em detalhes seu império, que, de tão vasto, o conquistador não conseguiria conhecer sozinho. 

           O livro mostra como é importante a participação ininterrupta da população na política. Com o envolvimento de todas e todos na formulação das políticas públicas, a política enquanto projeto caminhará para deixar de servir a si mesma e atenderá ao povo. É assim que, paulatinamente, Duque de Caxias será nossa e faremos dela uma cidade pautada pela igualdade de direitos e responsabilidades, a tornaremos mais democrática, mais humana, e não deixaremos que o lucro de poucos esteja acima da vida de muitos.

         Em 2018 novas eleições se avizinham e ficará claro quais candidatos estão realmente interessados em formar um governo com o povo para definir políticas que melhorarão a nossa vida. A maioria, dirão em seus discursos hipócritas que servem ao povo, mas que na prática se candidataram para representar interesses ilegítimos. Cabe a nós identificar aqueles que conhecem os problemas da cidade e que trabalharão para, conosco, supera-los. 

© 2017 A Cidade Que Queremos. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook Clean Grey
  • YouTube - Grey Circle
bottom of page